Uma conversa sobre papéis, alma e o silêncio que desperta

Vivemos cercados por expectativas.
Desde cedo aprendemos que precisamos “jogar bem” certos jogos para sermos amados, aceitos, reconhecidos. O jogo da filha que agrada. Da mãe que dá conta. Da mulher que seduz. Da profissional que entrega. Da parceira perfeita.
Jogos que, muitas vezes, sequer escolhemos.
A questão não é se esses papéis são bons ou ruins — alguns até nos fortalecem em partes da jornada. A questão é: você ainda está jogando esse jogo por escolha ou por condicionamento?
Tenho acompanhado muitas mulheres que chegam até mim carregando uma frustração que não sabem nomear. Algumas se queixam do desejo que desapareceu. Outras sentem que o corpo está calado, “adormecido”, como se algo tivesse se perdido.
Mas e se esse silêncio não for uma falha?
E se esse silêncio for, na verdade, o começo de uma conversa mais profunda?
Talvez o que esteja acontecendo não seja ausência — mas transição. Um despertar sutil, em que a alma começa a pedir outro tipo de presença.
A alma não joga para vencer.
Ela joga para florescer.
Ela não quer mais máscaras.
Ela quer inteireza.
É por isso que, em vez de perguntar “por que não estou sentindo?”, talvez a pergunta mais sábia seja:
“Que jogo minha alma quer jogar agora?”
Essas perguntas não precisam de respostas imediatas.
Elas são sementes.
Elas pedem silêncio, pausa, respiração.
Nem sempre o corpo silenciado está adormecido.
Muitas vezes, ele está preparando o terreno para florescer diferente.
Quando a alma começa a sussurrar, o corpo muda o ritmo.
Ele não corre mais.
Ele escuta.
Esse silêncio não é vazio. É gestação.
É a mulher deixando de buscar migalhas de validação para, enfim, retornar ao centro do seu ser.
É o início de uma nova dança — mais lenta, mais consciente, mais verdadeira.
Se você sente que está em transição, que algo mudou mesmo sem saber explicar, saiba: você não está sozinha.
Esse caminho de retorno à alma é sagrado — e merece ser honrado.
Talvez o corpo não esteja gritando porque está criando um altar.
Talvez o desejo esteja quieto porque está se purificando.
Talvez a sua alma esteja cansada de jogar os jogos dos outros…
E finalmente esteja pronta para inventar um jogo novo — seu, verdadeiro, com as suas regras.
Eu estou aqui para te ajudar a escutar isso tudo.
Com presença, com técnica e com o coração aberto.
Se quiser conversar sobre isso em uma sessão, ou mergulhar mais fundo, me chama.
Vai ser uma honra caminhar com você nesse novo ritmo.
Com carinho,
Guilherme Poyares
Coach Transpessoal | Facilitador de Consentimento Somático | Terapeuta Corporal